acordei, vesti-me e prosegi para o trabalho,
olho parado pela janela azulado do meu escritorio
e veio os vastos campos bronzeados do alentejo a ondular no vento,
fazem me lembrar o mar gelado e raivoso,
no meio dos rochedos destacam-se algumas

zonas verdes parecendo-se com algas,
sinto-me perdido

na imensidão da metafora em frente dos meus olhos,

será que o meu destino é este?
crescer, fazer parte do colectivo, dobrar as mesmas pressões,
ter sido criado existencialista tem destas coisas,
minha mãe era um adepto de sartre,
e inconscientemente plantou as sementes no meu solo,
regando-as, fazendo-as crescer até que fizessem parte do meu ser,
tornando se na minha natureza,
na minha logica, na minha salvação e angustia..
nunca percebi como se pode acreditar num deus,
mas porque acredito eu no ser humano?
no destino fatal que todos nos teremos...

adoro dias de vento,

areja cabeça, carega o corpo de uma energia inqueitante,

renovação,circulação,novidade..

alguem me toca, e pergunta-me se estou bem,
não, não estou bem,mas respondo que sim,
volto ao meu trabalho,
alguem-me comenta sobre as cuecas laranjas

que sobresaiam sobre o meu fato imaculavelmente preto,
sou exclamado radical, invidualista,só falta ser chamado terrorista!

mas passa-me ao lado, tudo isto passa-me ao lado hoje,
só estou a ser, a trabalhar e a viver


ps: alguem sabe como reactivar a opção de guardar as passwords ?